Produção do milho pelo plantio direto

No plantio direto se evita a mobilização do solo como sistema de manejo, obtendo melhor conservação do solo. O sistema tem sido empregado a várias culturas, devido às vantagens em relação ao sistema convencional. Estima-se hoje que, no Brasil, cerca de 10 milhões de hectares estejam em sistema de plantio direto.

Com a mobilização do solo é criado um novo ambiente ecológico, resultando em vantagens tanto para o agricultor como para o meio ambiente. Dentre as vantagens destacam-se: o controle da erosão, a conservação da umidade, o controle de plantas daninhas, a melhoria da estruturação do solo e das condições fitossanitárias da cultura, assim como maior economia em adubação e maquinaria.

No plantio direto, a base de sustentação é a rotação de culturas, as principais são milho e soja. Foram observados nessas na plantação dessas culturas maior produtividade, além da facilidade no controle de pragas, doenças e plantas daninhas, propicia melhor aproveitamento de nutrientes.

Na produção do milho na safra normal, através da cultura de rotação, é observado um maior número de vantagens pela maior produção e manutenção da palhada na superfície do solo. Dados de experimentos indicam que o milho produz duas vezes mais matéria seca por hectare do que a aveia, quatro vezes mais do que o trigo e seis vezes mais do que a soja.

Caso opte por plantio direto de milho, o agricultor deverá, além dos cuidados naturais, ter outros cuidados: rever a adubação nitrogenada, estabelecer a densidade de plantio desejado, escolher culturas tolerantes a pragas e doenças.

Na adubação nitrogenada, tem sido constatada deficiência de nitrogênio em milho (embora áreas em plantio direto por vários anos apresentem maiores teores de matéria orgânica), o efeito pode ser reduzido incluindo mais uma leguminosa no sistema de rotação. É recomendado maior quantidade de nitrogênio na semeadura (30 a 40kg/ha) reduzindo sua carência, a cobertura segue a mesma indicação do sistema convencional. No sistema de plantio direto bem formado, é possível economizar no uso da adubação fosfatada. Com relação ao potássio, não têm sido constatadas diferenças entre o plantio direto e o convencional.

Quanto ao estabelecimento da densidade de plantio desejada, deverá ser observado se as condições do solo e da plantadeira são favoráveis, pois o excesso de palha, palhada mal distribuída, microrrelevo irregular, associados ao solo com maior teor de umidade do que o necessário, poderá haver redução na densidade de plantio, além de causar emergência desuniforme e atraso no desenvolvimento inicial. Se a qualidade da plantadeira não for boa os problemas provavelmente serão agravados.

Assim, deve-se aumentar na regulagem da plantadeira, a quantidade de sementes de 5 a 10% comparado ao plantio convencional. A velocidade de semeadura deverá estar dentro dos limites recomendados. As sementes devem ser de boa qualidade, alta produtividade, adaptadas a região e com boas características agronômicas. Para plantio do milho é recomendado as cultivares que apresentam melhor enraizamento, bom vigor inicial e germinação.

Levando em consideração que, o plantio direto, favorece maior desenvolvimento de microorganismos, as cultivares escolhidas devem ter boa resistência a pragas e doenças. Para se controlar as pragas e doenças também é necessário o bom manejo rotatório, tendo em vista que, o manejo rotatório permite o controle de pragas, de doenças e plantas daninhas.

 

Fonte: Grupo Cultivar

Adaptação: Revista Agropecuária

 

 

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