A diminuição da oferta de milho no mercado, produto básico e principal da alimentação de suínos e aves, tem levado produtores a buscar alternativas para suprir esta demanda.
Com isso, a procura pelo trigo aumentou consideravelmente, promovendo uma nova configuração do mercado, especialmente o de commodities, elevando a patamares históricos o valor deste cereal.
Somente em maio, foram comercializados 220 mil toneladas de trigo para o setor de suínos e aves, sendo o Rio Grande do Sul um dos maiores fornecedores deste produto, com 120 mil toneladas de trigo.
A opção pelo trigo, que é geralmente misturado a ração, se deu em virtude a qualidade protéica do produto, semelhante ao milho. Os dois produtos respondem por 70% dos custos de produção.
O Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking de importadores de trigo, especialmente de países como Argentina e Paraguai, sendo que a JBS, uma das maiores empresas exportadoras de carnes de aves e suínos do mundo, comprou recentemente mais de cinco mil toneladas.
Diante deste cenário de escassez de milho, muitas indústrias optaram por reduzir o abate e estão operando no vermelho, por conta das altas do preço do trigo. Outras chegaram a decretar falência.
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Fonte: Alfonsin