As doenças de cascos em bovinos estão entre as principais enfermidades que acometem o rebanho brasileiro. Elas são responsáveis por 60% das causas da claudicação. Em casos mais graves, a doença pode até comprometer a locomoção do bovino.
O desgaste dos cascos causa enormes prejuízos econômicos. O animal que é acometido pela enfermidade, por não conseguir andar direito, não se alimenta adequadamente e perde peso. Desta forma, há uma diminuição drástica na produção de leite, carne e também na reprodução.
Por isso, medidas eficazes de tratamento e controle são recomendadas para minimizar os prejuízos. Quer saber mais sobre esse assunto? Então, continue lendo esse artigo e confira quais as principais doenças de cascos em bovinos!
As causas das afecções nos cascos dos bovinos são multifatoriais. Elas podem estar ligadas a um problema de manejo nutricional, no ambiente que o bovino fica e até uma questão genética.
Geralmente, a doença acomete os rebanhos no qual o manejo do animal não ocorre de forma que sejam respeitadas as condições de higiene. Quando a alimentação também não é adequada, as chances do rebanho adquirir a enfermidade são maiores.
Outro fator decisivo é a exposição do rebanho à umidade excessiva, que acaba amolecendo as lâminas dos cascos, deixando o bovino mais predisposto a traumatismos. Pisos irregulares, de concreto, pedras ou cimento, também propiciam o aparecimento da enfermidade. Pois, as movimentações do dia a dia em pisos inadequados lixam e desgastam os cascos, fazendo com eles fiquem desiguais.
São várias as doenças de cascos em bovinos. Dentre as principais, podemos destacar:
Panarício Interdigital: Essa doença é a mais conhecida entre os produtores, é uma enfermidade infecciosa, causada por bactérias. Ela pode ser observada em qualquer estação. Porém, surge mais frequentemente no final da primavera e do verão e no início do outono, quando o tempo está muito seco ou muito chuvoso.
Laminite: É um processo inflamatório, que pode ser classificada em aguda, crônica ou subclínica. Sua causa está diretamente ligada a ingestão excessiva de grãos. Ela acomete estruturas sensíveis da parede do casco do animal e ainda, resulta na claudicação e deformidade permanente do casco.
Úlcera de sola: Ocorre uma lesão na junção da sola com o bulbo, que por sua vez, se associam a uma zona circunscrita de hemorragia e necrose localizada.
Doença da linha branca: Neste caso, há uma separação da sola e da parede da borda da sola dos animais. O cório é infectado a partir dessa fissura, depois há a formação de abscessos na subsola. Em casos mais graves, essa enfermidade pode afetar as articulações.
Dermatite interdigital: Compreende numa inflamação da pele do espaço que separa os dois cascos, por efeito da ação de duas bactérias, a Fusobacterium necrophorum ou bacilo da necrose e a Bacteroides nodosus. Ao que parece, essa doença é contagiosa. O animal acometido por essa doença apresenta um endurecimento e necrose das fibras, possui coloração acinzentada e odor desagradável.
Erosão de talão: A ocorrência dessa doença está relacionada à baixa qualidade dos tecidos córneos secundária à laminite e a infecções bacterianas secundárias.
Podridão de casco: Se caracteriza como uma infecção necrótica, subaguda ou aguda, de origem em lesões na pele interdigital. Essa doença, ainda é uma porta de entrada para infecções.
O diagnóstico das doenças de cascos em bovinos é realizado de forma clínica, por meio da inspeção dos dígitos e sinais apresentados. Os bovinos podem apresentar sinais que vão desde uma sutil claudicação, apresentação de manqueira, relutância na locomoção ou até a total incapacidade de permanecer em estação.
Após a constatação da doença, o médico veterinário, será o responsável por recomendar o melhor procedimento e a duração do tratamento. Geralmente, após a confirmação do diagnóstico, o procedimento imediato é o isolamento do animal. Ele deve ser deslocado para um local seco, sem a oferta de concentrado e com forragem e água de boa qualidade.
Em alguns casos, são recomendados a administração de antiinflamatórios e antibióticos, que serão eficazes para combater os microrganismos causadores das afecções do casco.
Um maneira de prevenção que possuir sua eficiência comprovada, é o uso do Pedilúvio, onde os animais passam para molhar o casco pelo menos uma vez por dia. O pedilúvio é uma instalação em que se colo, onde é colocado soluções com o objetivo de melhorar a saúde dos cascos. Essa é uma possibilidade de prevenção de baixo custo e fácil implantação. Vale ressaltar, que é essencial que o produtor faça um lava pé antes do pedilúvio, com o objetivo de não contaminar a solução.
Sobretudo, aderir a práticas preventivas e curativas podem trazer excelentes resultados. Alguns cuidados podem prevenir as doenças de cascos:
Fornecer manejo nutricional equilibrado e balanceado;
Ambiente higienizado, com piso seco e limpo;
Realizar regularmente o casqueamento preventivo.
Como na maioria das enfermidades, a melhor solução para as doenças de cascos em bovinos é a prevenção. A alta frequência de manqueiras em nossos rebanhos, a exemplo do que tem ocorrido em todo o mundo, tem causado grande preocupação entre os produtores.
A partir do casqueamento correto é possível corrigir imperfeições nos aprumos, restabelecer o apoio correto e evitar patologias graves que causam manqueiras.
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