Dentro do cenário econômico brasileiro, a fabricação de ração ocupa um lugar de privilégio, colocando o país como terceiro lugar no cenário mundial. Assim, o segmento de rações se mantém em expansão, oferecendo uma boa oportunidade de investimento. Isso acontece pelo aumento do consumo de proteína, o que acarreta em uma maior necessidade de alimento para as criações.
Outro ponto, é a exigência do mercado pelo bem-estar animal. Essa busca por esse padrão de qualidade, tem estimulado os avanços no setor, o que movimenta essa área econômica. Contudo, a busca pelo bem-estar animal, traz consigo a necessidade de um bom padrão de qualidade do que é produzido.
Em resumo, o processo de fabricação de ração animal, depende de diversos fatores que vão desde a matéria-prima até a logística de entrega do produto final. De forma simples, as etapas dessa fabricação são:
Recebimento da matéria-prima;
Dosagem da matéria-prima;
Moagem;
Mistura;
Peletização
Resfriamento;
Armazenamento;
Transporte.
Dentro desse processo, as boas práticas de fabricação de ração (BPF), surgem como um programa de qualidade que visa garantir a boa gestão dos recursos e o padrão de qualidade. Neste artigo você vai entender um pouco mais sobre o que são essas práticas, o porquê de adotá-las e os principais erros cometidos na fabricação. Boa leitura!
Primeiramente, é preciso deixar claro o que são as boas práticas de fabricação ração. Segundo a Embrapa, BPF são os procedimentos envolvidos na gestão de qualidade e nos princípios APPCC (Análise de Perigos de Pontos Críticos e Controle). Assim, são programas que devem ser praticados no setor de alimentação animal, que conferem o reconhecimento de qualidade e segurança dos produtos, sinalizando o cumprimento de normas legislativas e de certificação.
Desse modo, as boas práticas englobam procedimentos higiênicos, sanitários e operacionais aplicados em todo o fluxo de produção. Sendo assim, são práticas que devem ser executadas rotineiramente na fabricação de ração, desde a produção até o armazenamento e transporte do produto final.
Como já enfatizamos, as boas práticas de fabricação de ração tem como principal objetivo manter a qualidade do processo de produção de ração. Assim, o principal motivo para adotar as normas BPF na rotina de uma fábrica de ração é o reconhecimento do mercado da qualidade do produto. Mostrando que os produtos atendem às exigências desse mercado.
Contudo existem outras razões para se adotar as boas práticas de fabricação de ração no empreendimento, como:
Garantia de não contaminação química, biológica ou física, prejudiciais à saúde;
Garantia de rastreabilidade;
Controle e padronização dos processos;
Redução de custos;
Melhorias em projetos e fluxogramas de prédios e instalações;
Orientação para assegurar higiene de equipamentos e utensílios;
Orientação de procedimentos de limpeza e desinfecção;
Conscientização sobre higiene pessoal da equipe;
Práticas de erradicação de pragas.
Ou seja, adotar as normas de BPF garantem ao mercado um produto de qualidade e conferem ao empreendedor diversas vantagens em relação à concorrência.
Apesar de soar como algo simples, implantar as boas práticas de fabricação de ração exige conhecimento trabalho. Assim, é importante que a gestão esteja preparada e oriente de forma correta a equipe para que exista a padronização do produto final.
Ainda pensando na implantação das boas práticas de fabricação ração, é preciso dar atenção para alguns pontos chave. Esses pontos são os principais erros cometidos pelos produtores de ração. Entre eles estão:
Falta de treinamento dos colaboradores - como pontuamos, a equipe precisa estar alinhada, conhecer as práticas e os processos para que a qualidade do produto final seja garantida;
Limpeza ineficiente dos equipamentos - a falta de limpeza ocasiona perda de qualidade e contaminação do produto final, podendo inviabilizar a venda da ração final;
Ausência de um departamento de qualidade - não ter um departamento de qualidade, dificulta e, em alguns casos, inviabiliza o monitoramento dos processos internos, o que dificulta uma padronização dos processos;
Procedimentos planejados e não aplicados - um ponto importante é: além de elaborar um plano é preciso executá-lo. Implantar BPF na rotina de uma fabricação de ração é mais do que elaborar planos. A qualidade só é garantida se os planos são cumpridos;
Por fim, fica claro o quanto é relevante para o ramo de alimentação animal a implantação das BPF nesses estabelecimentos. Além disso, fica claro também que, é preciso que a equipe esteja envolvida e preparada para que as práticas de fato tenham o impacto positivo que objetivam ter.
Assim, se você, produtor, quer aprender na prática o que são e como implantar as boas práticas da fabricação de ração, CLIQUE AQUI e não perca essa oportunidade!
Fontes: Nutrição e Saúde Animal e Embrapa