É inegável que a produção de café tem uma importância muito grande na história brasileira. Durante muito tempo, foi a cafeicultura que proporcionou ao país um rápido desenvolvimento, a vinda de imigrantes, o surgimento de cidades e a construção de redes ferroviárias para seu transporte.
Embora o Brasil seja o maior produtor mundial de café, com colheitas de 40 milhões de sacas ao ano, as lavouras ainda sofrem com inúmeras pragas prejudiciais ao crescimento saudável da planta. Porém, o surgimento de tais pragas não é por acaso. Diversas situações podem favorecer o aparecimento dessas doenças, que afetam não só a qualidade da bebida, mas também ocasionam perdas econômicas. As mais comuns são:
Lavouras novas em áreas abertas;
Clima com baixa umidade e temperaturas altas;
Plantio com desequilíbrio nutricional.
Diante disso, fica claro como é importante que o produtor conheça sua propriedade para que possa se prevenir. Afinal, se as condições do local interferem favorecem o surgimento dessas pragas, o conhecimento sobre as mesmas é o maior aliado da produção de café.
Na produção de café, são inúmeras as pragas presentes no campo que afetam economicamente a qualidade do produto. Seus malefícios aos pés de café afetam o desenvolvimento e a produção das plantas e, portanto, requerem que o produtor realize um monitoramento constante. Dessa forma, é possível adotar medidas de controle evitando maiores prejuízos à plantação.
Com base nisso, fizemos uma lista das principais pragas que afetam a produção de café. Confira:
Para a produção de café, esta é uma praga bastante prejudicial, que ataca os frutos do café em qualquer estágio de maturação. A broca penetra no fruto, a partir de onde inicia o processo de destruição e apodrecimento da semente.
A Broca-do-café influencia na perda de peso por causar queda prematura do fruto ao mesmo tempo que diminui a qualidade dos grãos, deprecia o preço e a classificação do que é colhido.
Para redução do ataque da broca, é necessário realizar uma colheita bem feita, com seu repasse para evitar a sobrevivência da praga para as futuras safras..
O bicho-mineiro é causado por uma mariposa relativamente pequena. Quando os ovos dela eclodem, as lagartas penetram diretamente na folha do café e começam a se alimentar formando galerias ou minas, por isso o nome de bicho-mineiro. Consequentemente, a ação dessas lagartas diminui a área fotossintética, o que provoca a queda das folhas.
Sua ocorrência está condicionalmente ligada a fatores climáticos como muitas chuvas e a umidade relativa do ar. Nesse caso, a irrigação pode ser uma grande aliada no combate a esta praga.
Como é muito pequeno, pode ser invisível a olho nu. O sinal típico da manifestação dessa praga é o bronzeamento da folha do cafeeiro, causado pela raspagem e sucção de parte do conteúdo celular da planta, feito pelo ácaro vermelho durante sua alimentação.
O ataque é mais comum em reboleiras, mas em casos mais graves pode se espalhar por toda a produção de café. Condições de seca, com estiagem prolongada são ideais para o desenvolvimento da doença. Portanto, além do uso de inseticidas a irrigação exerce um papel fundamental para ajudar na eliminação da doença.
As cigarrinhas são insetos sugadores do sistema radicular das plantas. Elas ocasionam prejuízos devido à retirada de grandes quantidades de seiva e ainda podem transmitir bactérias.
Quando são assoladas pelas cigarrinhas as plantas perdem suas folhas, as extremidades dos ramos secam e a produção da lavoura diminui significativamente.
O manejo integrado com medidas que vão desde a aplicação correta de inseticidas, agrotóxicos, cultivo correto de solo, cuidados do agricultor, principalmente a criação e manutenção de sistemas de irrigação adequados são cruciais para manter a lavoura livre de pragas. Cabe, portanto, ao produtor conhecer bem o que pode afetar sua produção de café, entendendo as principais causas para surgimento dessas pragas.
Assim, dentro das ações de manejo é possível realizar a prevenção do aparecimentos de pragas e doenças, o que evita grandes prejuízos e gastos com o combate a elas. Vale lembrar que o conhecimento na área é fundamental para que produtor e trabalhadores em geral possam estabelecer as melhores práticas para a cultura, independentemente do tipo de produção de café.
Quer uma dica? Uma boa forma de manter a cultura saudável e com alta qualidade é por meio da irrigação. Mas para que o sucesso seja certo, é preciso conhecer bem seu sistema e saber manejá-lo da forma correta. Já pensou em aprender a fazer isso na prática para garantir uma produção de qualidade e ainda produzir irrigando com eficiência? Então clique aqui e saiba como!
Fonte: Embrapa