Muitas doenças representam o terror para o pecuarista, principalmente por representarem perdas significativas. Entre esses males está a tuberculose bovina. De origem bacteriana, a tuberculose bovina é causada pela bactéria Mycobacterium bovis, que atinge bovinos e bubalinos. De modo geral, a infecção afeta os pulmões dos animais passando a ser contagiosa e crônica assim que se estabelece. Quando atinge esse estágio, ela pode ser transmitida não somente a outros bovinos, mas como a qualquer animal de sangue quente, inclusive o ser humano.
Infelizmente, essa doença pode acarretar sérias perdas econômicas, o que a torna uma zoonose de grande impacto na pecuária nacional e na saúde pública. Diante disso, existem programas de órgãos oficiais focados no combate, controle e erradicação da doença, na busca de eliminar a incidência em território nacional.
Por isso, considerando os riscos e o impacto que a tuberculose bovina pode ter em um rebanho, neste artigos vamos ajudar no reconhecimento e prevenção da doença. Assim, aqui você vai encontrar principais sintomas e sinais, vias de contaminação e transmissão, bem como dicas para a prevenção do rebanho. Boa leitura!
Um grande agravante da tuberculose bovina é o fato de seus sintomas só serem observados já em estágio avançado da moléstia, não sendo detectados em suas fases iniciais. Depois que a bactéria se instala nos pulmões o animal apresenta tosse que se torna crônica podendo chegar a pneumonia. O animal também apresenta quadro febril baixo, e a doença pode atacar também o cérebro, rins ou medula espinhal.
O agravamento da doença leva ao emagrecido, pois o gado perde o apetite. Além disso, a tosse causada se agrava em climas frios e com a prática de exercícios, o animal e torna letárgico e fraco. A doença em seu estágio terminal dificulta a respiração dos bovinos. Assim, neste estágio, há o aparecimento de linfonodos inchados que pode ocasionar o bloqueio dos vasos sanguíneos e vias aéreas. Casos de constipação e diarreia são observados se o trato intestinal for comprometido.
Em resumo, a tuberculose bovina apresenta sinais tardios, que indicam a doença num estágio mais avançado. Sendo os principais:
Emagrecimento dos animais;
Tosse;
Cansaço visível quando submetidos a pequenos esforços;
Dificuldade respiratória;
Infertilidade ou aborto;
Mastite;
Temperatura oscilante (aumenta e diminui o tempo todo).
Um dos grandes riscos da tuberculose bovina está na sua principal forma de transmissão, já que o agente infecta os animais por vias respiratórias. Além da transmissão aérea das bactérias, a tuberculose bovina pode ser contraída por meio de contato com secreções nasais de animais doentes e ingestão de leite cru de vacas contaminadas.
Considerando esse cenário, o risco da doença se espalhar pelo rebanho, comprometendo seriamente a criação é grande. Principalmente, quando levamos em conta que quanto mais animais doentes em um espaço, mais bactérias presentes no ambiente. Dessa forma, fica claro como a prevenção é a melhor saída, já que, com um rebanho infectado, o controle da doença é complicado e, por ser uma zoonose, o risco de contaminação de colaboradores é bastante alto.
Como ficou claro, a tuberculose bovina é uma doença silenciosa que leva a sérios prejuízos no rebanho. Portanto, a melhor forma de evitar tais perdas, é focando na prevenção da doença. Como os sintomas são tardios, muitos animais podem já estar contaminados quando o sinal aparecer no primeiro indivíduo. Assim, ações de prevenção tendem a evitar a presença da doença e, de certa forma, que ela se espalhe.
Pensando nisso, separamos algumas recomendações e dicas para a prevenção da doença. São elas:
Exigência de teste e vacinação de animais em processo de compra: isso evita que animais contaminados em outras circunstâncias entrem em contato com o rebanho, evitando que a doença chegue à criação;
Elimine animais com teste positivo para tuberculose bovina: infelizmente a doença apresenta um risco sério para a saúde dos colaboradores e do rebanho, assim, a eliminação dos animais contaminados ainda é um modo indicado para a eliminação da doença;
Atenção aos processos de higienização e manejo sanitário: a limpeza e manutenção dos ambientes, bem como todo o processo de controle de doenças e vacinação do rebanho são fundamentais na prevenção de qualquer doença. Assim, manter todos os colaboradores alinhados aos processos, é fundamental para um controle de doenças e pragas no rebanho.
Por fim, acreditamos que a melhor maneira de prevenir doenças como a tuberculose bovina é estar preparado para identificar potenciais fontes de contaminação, processos mal executados e sinais das principais doenças. Assim, se você quer aprimorar os cuidados com o rebanho bovino e ainda aprender o que fazer em situações de urgência e emergência, clique aqui e confira nossa dica de capacitação!