A inseminação em vacas é recomendada para evitar riscos oferecidos pela monta natural, como transmissão de doenças venéreas, redução no ganho genético, inabilidade de seleção dos animais para produção e riscos ao ser humano. O processo inseminador, nada mais é, do que uma técnica de reprodução em que o sêmen de um touro é depositado no aparelho reprodutivo da vaca pelo homem.
Quando o período de reprodução está se aproximando, o pecuarista deve decidir qual inseminação em vacas irá realizar no animal. Uma grande aliada para evitar perdas é a inseminação artificial em tempos fixos (IATF), pois pode-se determinar um dia da semana para fazer a técnica. Entretanto, para aplicar as técnicas e conseguir os resultados esperados é importante conhecer os cuidados e as vantagens do procedimento.
Assim como em diversos procedimentos envolvendo animais, a inseminação artificial em tempos fixos (IATF) requer cuidados. Diferente da inseminação artificial, esta técnica não exige a observação do cio, contribuindo para a redução dos custos do processo.
Como a forma que ambas inseminações são feitas é igual, os cuidados também são os mesmos: é necessário uma instalação especial para manter o procedimento seguro e uma pessoa com formação, prática e habilidade. O profissional deve estar atento ao bem-estar dos animais, ser organizado e jamais esquecer de utilizar boas práticas de higiene durante todo o processo. Só assim o animal continuará saudável e os resultados estarão dentro do esperado.
Quanto à instalação, ela deve ter um tronco ou brete de contenção, para garantir tanto a segurança do inseminador quanto do animal. O procedimento deve ser realizado na sombra, portanto sua função também é proteger da chuva. Próximo ao local, é necessário que haja um cômodo para armazenamento de equipamentos e fácil acesso a água.
Outro cuidado do criador é manter touros longe das vacas, para evitar algum cruzamento indesejado. Apenas fêmeas em plenas condições de saúde devem ser submetidas à inseminação. Por fim, e tão importante quanto, é preciso conhecer os materiais que serão utilizados na inseminação artificial. Alguns deles são: termômetro, botijão com nitrogênio, régua para aferição do nível de nitrogênio, sêmen, pinça, aplicador etc.
É importante ressaltar que para o sucesso da inseminação artificial é necessário adotar um manejo adequado que abordará as áreas de reprodução, nutrição, sanidade, conforto animal e gerenciamento, tanto antes, durante e depois da prática.
A inseminação artificial tem inúmeras vantagens à produção e à atividade econômica da fazenda. Entre elas, podemos destacar:
• Melhoramento Genético;
• Maior aproveitamento de animais superiores pela possibilidade de gerar mais cria;
• Prevenção de doenças transmitidas pelo touro;
• Uso de sêmen de reprodutores provados geneticamente com preços acessíveis;
• Permite escolher sêmen que poderá reduzir os problemas de parto;
• Possibilidade de cruzamento de diferentes raças;
• Padronização do rebanho;
• Permite utilizar sêmen de reprodutores que já morreram;
• Permite o uso de sêmen sexado (escolha do sexo da cria);
• Controle zootécnico mais eficiente.
Obviamente, existem limitações nas possibilidades inseminatórias, porém, todas elas estão relacionadas ao ser humano. Para realizar os procedimentos, é necessário mão de obra qualificada, conhecimento técnico da época de cio da vaca e saber aplicar a técnica correta.
A inseminação em vacas não é um trabalho que pode ser aprendido por tentativa e erro. O inseminador deve ter sido treinado antes e ter pleno domínio das técnicas, proporcionando segurança e bem-estar ao animal.
Sendo assim, um ensino prático, que aborde todos os assuntos do tema, ajudará na formação do profissional. Conheça o Curso de Inseminação Artificial e Estratégias de IATF em Bovinos e saiba como usar o melhoramento genético para produzir mais bezerros e aumentar a lucratividade.
Fonte: Sistema Mais Leite, Educapoint, SENAR, Nutrição e Saúde Animal.