A etapa da recria em bovinos de corte é a mais extensa do manejo produtivo do animal. Esse período acontece entre as fases de cria e engorda e é a única que pode possuir uma variação no tempo de duração, podendo chegar a até 2 anos.
Para que haja um grande retorno financeiro e qualitativo aos produtores, a recria de bovinos deve ser feita corretamente - o que não acontece em muitos casos. Por muitas vezes, esse processo é até mesmo descartado pelos proprietários. Essa situação pode até mesmo diminuir a lucratividade da fazenda.
Quer conhecer mais sobre esta fase do manejo? Continue a leitura do texto e veja algumas dicas para o sucesso da recria de bovinos de corte!
A etapa de recria abrange a fase do animal desmamado até o momento da engorda. Após a desmama dos bezerros, estes com aproximadamente 7-8 meses, entram na fase denominada de recria. O principal objetivo desse período é desenvolver o animal para que ele expresse o máximo do seu potencial genético.
A principal importância em ter uma boa recria é que todo o processo de engorda pode ser comprometido, caso o desenvolvimento do animal não seja feito da maneira correta anteriormente. Esse desenvolvimento está diretamente ligado à alimentação oferecida para os animais durante esta etapa.
Além de uma maior lucratividade, a recria de bovinos de corte traz muitos outros benefícios para a propriedade. Uma estratégia bem executada nessa fase promove um maior giro de estoque, considerando que um ciclo completo de recria e engorda a pasto, se inicia com o animal desmamado e finaliza-se com o seu abate.
Outra vantagem é o aumento do suporte. Com um rebanho mais leve, o sistema de recria pode suportar em torno de 28% mais animais na mesma área.
Por fim, a recria ainda otimiza a produtividade do sistema, aliviando a carga nas pastagens quando a forragem encontra-se em seu estado mais crítico, durante o período das secas.
Como comentado anteriormente, a nutrição é o ponto chave para o sucesso da recria de corte. Por isso, deve haver uma área de pasto que supra a demanda dos animais e, ainda, o proprietário deve fornecer uma suplementação alimentar, com o objetivo de complementar o que é fornecido pela ração e pela pastagem. Tudo isso com o propósito de evitar a perda de peso do animal.
Também deve-se ter atenção ao ágio do bezerro, ou seja, a diferença entre a arroba do bezerro com o arroba do boi magro ou do boi gordo. Em valores absolutos, o valor do bezerro costuma ser mais alto, portanto, o recriador deve incluir o “custo com o ágio” nos custos de produção, garantindo que seu negócio terá condições de comprar a reposição em um novo ciclo.
Outra dica é manter as vacinas do seu rebanho em dia, evitando que doenças sejam transmitidas aos consumidores e a outros animais. É importante que o pecuarista ou produtor mantenha um cuidado com o manejo sanitário da fazenda. Outra medida preventiva é proteger o gado de parasitas ou organismos indesejáveis, administrando vermífugos e suplementos que atuem com esse fim.
Agora você já sabe a importância de trabalhar a recria de bovinos de corte no seu rebanho. Por que não se especializar em técnicas modernas de alimentação para alcançar a máxima eficiência na produção animal e atingir altos rendimentos? Melhore a sua criação com o Curso de Manejo Nutricional de Gado de Corte (Alimentos e Alimentação).
Fontes: CPT Cursos Presenciais, Rehagro Blog, Premix Blog, Prodap