Entre os sistemas mais utilizados no país está o sistema de irrigação autopropelido. Ele consiste na aspersão da lâmina de água de tipo móvel que é movimentada por energia hidráulica, gerada a partir da própria água bombeada. Com este tipo de irrigação, um único canhão, ou mini canhão, é montado sobre uma plataforma móvel, que se desloca ao longo da área a ser irrigada.
A irrigação autopropelida apresenta diversas vantagens às culturas quando usada da maneira correta pelos técnicos e produtores rurais. Se ainda tem alguma dúvida sobre esse sistema, saiba agora como funciona e quando ele é recomendado na plantação!
Como já comentado, a aspersão da água neste sistema acontece através de um único aspersor. Enquanto a plataforma é responsável pelo movimento linear na área cultivada, o canhão gira no próprio eixo para aumentar a distribuição de água.
O autopropelido também é popularmente chamado de carretel enrolador, já que o canhão e a plataforma móvel são conectados por uma mangueira flexível a um sistema de carretel. A força da água é responsável pelo acionamento de uma turbina que, durante a operação, recolhe o conjunto canhão e plataforma permitindo a realização do movimento.
Existem diversos modelos no mercado. Dependendo do equipamento, a vazão do sistema pode variar de 30 a 200 metros cúbicos de água por hora, e sua pressão de funcionamento varia de 80 a 130 m.c.a.
O sistema de irrigação autopropelido oferece diferentes vantagens para a cultura. Além da praticidade e da mobilidade, outro ponto positivo do sistema é a possibilidade de utilização para a fertirrigação com água residuária como vinhaça, dejetos da suinocultura, bem como adubação mineral.
Outros benefícios em optar por este tipo de sistema são:
Possibilidade de irrigar várias áreas com apenas um equipamento;
Facilidade de manejo e de transporte;
Melhor aproveitamento da água;
Reduz custos com mão de obra;
Facilidade de projetar o sistema.
Assim como em outros sistemas, o carretel enrolador também apresenta limitações técnicas e econômicas, por isso deve ser avaliado por um profissional capacitado. Em relevos irregulares, por exemplo, a movimentação do equipamento é comprometida. Locais com ventania também prejudicam o equipamento e interferem na dispersão da água. Vale reforçar que os tubos flexíveis usados devem ser constantemente avaliados e, sempre que algum rompimento, entupimento ou vazamento for notado, é fundamental trocá-los.
Se está pensando em implantar um sistema de irrigação autopropelido na sua propriedade, precisa ter em mente que ele é indicado para épocas em que não há chuvas. Período sem chuva e de calor intenso submete as culturas ao déficit hídrico e consequentemente à redução de absorção de água, nutrientes e ao acúmulo de biomassa.
O sistema é recomendado para culturas de pequeno ou médio porte, cultivadas em regiões de topografia plana ou levemente inclinada, como: pastagens, cana-de-açúcar, pomares e cafezais. Todavia, deve-se considerar o raio de alcance, a pressão de operação, a altura do canhão, a velocidade do vento e a sobreposição lateral.
Por isso, estabelecer um plano de irrigação adequado é fundamental para o resultado da cultura. Aprenda mais sobre este e outros sistemas, além de atuar reduzindo custos e aumentando a rentabilidade da sua propriedade através do Curso de Manejo de Sistemas de Irrigação.
Fontes: CPT Cursos Presenciais, Cursos CPT, Revista Cultivar.