A degradação de pastagens é uma realidade em boa parte das áreas de produção brasileiras. Entre os diversos problemas de sustentabilidade no setor pecuário, os problemas nas pastagens afetam diretamente a alimentação de animais de corte e de leite.
Uma boa alimentação é essencial para que o gado cresça saudável e gere o rendimento esperado pelos produtores. Oferecer pastos de qualidade evita o ganho ou a perda de peso incorretas no rebanho, proporciona uma melhor capacidade de abate e influencia diretamente nos resultados finais da cadeia. Ou seja, o cuidado com a pastagem está relacionado com o manejo pecuário.
Por essa razão, evitar a degradação de pastagens deve estar entre as prioridades de um produtor rural. Quer saber mais sobre o tema e como fazer para recuperar os pastos da sua propriedade? Continue a leitura deste artigo e descubra!
A degradação de pastagem pode ser definida como o processo evolutivo de perda de vigor, produtividade e da capacidade de recuperação natural de uma pastagem. Sendo assim, ela se torna incapaz de sustentar os níveis de produção e qualidade exigidos pelos animais, bem como se defender de pragas, doenças e invasoras.
O processo de degradação das pastagens tem início com a perda de vigor e queda na disponibilidade de forragem, com redução da capacidade de lotação e do ganho de peso animal. Essa etapa é chamada de fase de manutenção. Já em fases mais avançadas, pode ocorrer infestação de plantas invasoras e a ocorrência de pragas.
No final do processo pode acontecer a ruptura dos recursos naturais, representado pela degradação do solo com alterações em sua estrutura. A compactação e a consequente diminuição das taxas de infiltração e capacidade de retenção de água, causando erosão e assoreamento de nascentes, lagos e rios completam a degradação.
Nem sempre o processo de degradação de pastagens acontece nessa ordem. Além disso, ele pode se apresentar em diferentes sequências e graus, dependendo do ecossistema e do manejo utilizado.
Diversas são as causas de degradação de pastagens no Brasil. Entre os principais fatores que originam ou intensificam estes processão estão:
Excesso de lotação (superpastejo)
Falta de correção do pH e dos nutrientes do solo na formação e manutenção das pastagens
Técnica inadequada de preparo do solo e semeadura
Ausência de práticas de conservação do solo
Pastejo prematuro
Uso de sementes de baixa qualidade
Para além da alimentação, o impacto das atividades agrárias também se refere à conservação de ecossistemas e criação de tecnologias que possibilitem melhor desenvolvimento das plantas e animais. Pastagens degradadas aumentam a emissão de gases e impactam o clima.
A recuperação de uma pastagem caracteriza-se pelo restabelecimento da produção de forragem mantendo-se a mesma espécie ou cultivar. Recuperar uma pastagem consiste em aplicar técnicas capazes de restaurar o vigor e a produtividade quando a área apresenta classificação de degradação grau 1 e 2.
Algumas maneiras de recuperar são através da restauração da fertilidade do solo, da utilização de cordões em nível de adubação verde, do controle de plantas invasoras, do manejo da altura de pastejo, da rotação de pasto e da realização de risco com o subsolador.
Visto isso, podemos concluir que o manejo do solo é essencial no combate à degradação das pastagens. Assim como estas são essenciais para garantir qualidade nutricional para o rebanho. Se você quer entender mais sobre esse assunto, conheça o Curso de Manejo Nutricional de Gado de Corte (Alimentos e Alimentação) e saiba como atingir altos rendimentos com sua produção! Mantenha sempre seus conhecimentos atualizados para ser uma referência nos resultados.
Fontes: Fundação Roge, Syngenta Digital, DBO Degradação e Recuperação de Pastagens, QUINTÃO, Cynara Magalhães Pinto Godói.
