O Brasil é o maior produtor de feijão do mundo. O rendimento do feijoeiro está diretamente relacionado com a condição hídrica do solo. Para atravessar esse problema sem prejuízos e ter sacas por mais tempo, o feijão irrigado ou de inverno, se torna uma boa opção para o produtor rural.
Na hora de implementar a cultura, alguns requisitos como clima e solo devem ser levados em consideração. Por exemplo, o cultivo de inverno é feito inteiramente sob irrigação, seja em plantios em terras altas ou várzeas. Tem interesse em saber mais a fundo sobre feijão irrigado? Veja mais sobre o tema durante este artigo!
Planejar a produção antes de iniciar uma nova safra é o passo mais importante que o produtor rural deve fazer para garantir maior economia no uso dos recursos e mais rentabilidade na colheita. O feijão irrigado surgiu como uma alternativa, simultaneamente com o aparecimento no Brasil dos sistemas de irrigação via pivô-central.
As semeaduras na 3ª época são realizadas a partir do mês de março, com o fim do período chuvoso, principalmente na região dos Cerrados, abrangendo a totalidade ou parte dos Estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Tocantins.
O plantio de outono/inverno é o que enfrenta maior escassez de chuvas e, por isso, é uma das que mais requer o uso da irrigação para a produção. O feijão possui três safras por ano, o que proporciona sazonalidade das condições ambientais em cada safra.
São três os principais tipos de irrigação usados para o feijão: a localizada, a superficial e a de aspersão. Chamamos de localizada, o tipo de irrigação realizada próximo às raízes das plantas, promovendo o umedecimento do solo. As técnicas utilizadas podem ser o gotejamento ou a microaspersão.
Já a superficial, é a irrigação realizada por meio de sulcos na lavoura ou pela realização de inundações. A água é conduzida pela superfície do solo até o ponto de infiltração.
Por fim, a aspersão é o tipo de irrigação que simula uma chuva. Os sistemas mais utilizados nesses casos são o autopropelido, convencional ou pivô central. Estes também têm sido os mais utilizados na cultura do feijoeiro. Em menor escala também têm sido utilizadas a irrigação por sulcos e a subirrigação em solos de várzeas.
Considerando-se o método de irrigação por aspersão, o sistema pivô central é o mais apropriado para irrigar áreas individuais maiores. É também o mais usado na cultura do feijoeiro em terras altas na região dos Cerrados, visto que a lucratividade final obtida com essa cultura depende, entre muitos fatores, do tamanho da área plantada.
Enquanto isso, a irrigação por sulcos pode ser usada na cultura do feijoeiro, tanto em terras altas como em várzeas sistematizadas e drenadas. No caso de terras baixas ou solos de várzeas, a mais apropriada é a subirrigação e, por isso mesmo, funciona como uma drenagem controlada.
Com o uso da irrigação, todo suprimento hídrico necessário é oferecido à cultura. Isso garante produtividade, eficiência de aplicação com a regulação correta dos bicos irrigadores, proteção contra geadas e a possibilidade de uso para fertirrigação.
Quando aplicada de maneira correta, a irrigação tem todos os requisitos favoráveis para melhorar a qualidade do feijão, além de criar um desenvolvimento da cultura e proporcionar um ambiente favorável de colheita, ou seja, produzir mais e de melhor qualidade.
De certa forma, a necessidade do investimento inicial na estrutura para a irrigação e as despesas recorrentes com manutenção e energia elétrica devem entrar no planejamento agrícola e podem ser vistas como desvantagem para alguns produtores. Porém, vale pensar a longo prazo.
Para a implantação da irrigação, as condições locais devem ser bem analisadas. Por isso, a declividade do terreno e as condições meteorológicas, como o vento, devem ser consideradas por alguém que tenha conhecimento em manejo de irrigação. Se você está buscando um upgrade na sua carreira e quer reduzir custos e aumentar a rentabilidade da sua cultura, conheça o Curso de Manejo de Sistemas de Irrigação e seja um profissional capacitado!
Fontes: Treinamento 24, Embrapa, Agrolink, Ageitec, Revista Cultivar, Blog Aegro.