A vacinação é um dos métodos mais eficazes na prevenção de doenças. Quem trabalha na pecuária sabe que a vacina em bovinos está na base da pirâmide de cuidado com o rebanho. Seja o pecuarista ou os funcionários da fazenda, algum profissional deve ser responsável por este controle.
Apesar dos bovinos já nascerem com uma certa imunidade, e adquirir alguns anticorpos pela ingestão do colostro, ela é uma defesa não específica, sendo necessária uma imunidade adquirida por meio de vacinas para protegê-los. Portanto, adotar um protocolo de vacinação amplia a duração da imunidade do gado e prepara os animais para os desafios encontrados na fazenda.
Neste artigo, vamos apresentar as boas práticas da aplicação de vacina em bovinos, passando pelo calendário, armazenamento e cuidados que o pecuarista precisa ter. Saiba mais!
A vacinação dos bovinos faz parte do manejo do rebanho de uma fazenda. Porém, é necessário saber como aplicar e quais cuidados são indispensáveis durante o processo.
O primeiro passo para iniciar a vacinação do rebanho é montar um planejamento. Essa fase deve ser feita juntamente com um médico veterinário, pois serão feitas análise da saúde do rebanho e investigação das doenças que surgiram ou podem surgir na propriedade. Em seguida será elaborado um calendário de vacinação de acordo com o calendário oficial do MAPA e dos estados.
Embora apenas as vacinas contra febre aftosa e brucelose sejam obrigatórias para bovinos no Brasil, vale a pena definir um calendário sanitário anual que inclua outros imunizantes. Dessa forma, durante a organização não se esqueça de se atentar para vacinas que requerem mais de uma dose na primo-vacinação (primeira vez que os animais são vacinados), observar corretamente o intervalo entre uma vacinação e outra, e fazer revacinações anuais ou semestrais quando estas forem indicadas nas bulas dos produtos.
Além das já citadas, também é importante constar no calendário dos bovinos as vacinas contra as seguintes enfermidades:
Leptospirose;
Clostridioses;
Botulismo;
Raiva bovina;
Carbúnculo;
IBR e BVD
Algumas recomendações no que diz respeito à logística também devem ser colocadas na organização. Logo na aquisição, o responsável pela compra deve adquirir apenas as vacinas aprovadas pelo Mapa e em locais autorizados para a comercialização. Além disso, é necessário conferir as informações do rótulo, tal como data de validade, saber quantas doses serão aplicadas e guardar as notas fiscais da compra.
Com as vacinas adquiridas, é preciso armazená-las da maneira correta. Estocar as vacinas na temperatura adequada (entre 2 e 8 ºC, na geladeira), inclusive durante o transporte ou no dia do manejo, colocando-as em caixa térmica contendo três partes de gelo para cada parte de vacina.
Não conservar vacinas corretamente, coloca sua preservação em risco. O mesmo vale para o curto intervalo de tempo entre o preenchimento das pistolas ou seringas.
Depois de todo planejamento, é chegado o momento da aplicação das vacinas nos animais. Tenha instalações adequadas para assegurar a segurança tanto das pessoas envolvidas no processo quanto dos animais a serem vacinados. O animal precisa ser contido para não se movimentar ou ficar agitado. Evite estressá-lo antes, durante e pós-manejo.
Por fim, seringas ou pistolas devem estar limpas e desinfetadas. Descarte agulhas desgastadas e/ou tortas. Use uma agulha exclusiva para a retirada da vacina do frasco, não usando-a em nenhum animal, para evitar contaminações. Ao terminar o procedimento o material deve ser guardado limpo e seco.
Todas as etapas são fundamentais para que a vacinação do rebanho seja efetiva. Porém, em casos em que o protocolo de vacinas em bovinos não seja cumprido ou que alguma doença já esteja presente no rebanho, o médico veterinário precisa agir de maneira emergencial.
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Fontes: Fundação Orge, CPT Cursos Presenciais, CNA Brasil, Dia de Campo.