O umbigo é a principal via de comunicação do bezerro com a vaca. Após o parto essa comunicação é perdida e a estrutura tende a se fechar em alguns dias. Realizar a cura de umbigo em bezerros é essencial para evitar que inúmeros problemas surjam logo após o nascimento.
Para que o cordão umbilical não seja a porta de entrada para bactérias indesejáveis, o pecuarista deve estar atento na fase inicial da cria, após o nascimento. Dentre as possíveis doenças, as inflamações e infecções de umbigo chamadas de onfalopatias, merecem atenção.
Além de tomar os cuidados necessários, fazer a cura de umbigo em bezerros requer conhecimento da técnica. Se você está procurando aprender sobre as principais demandas para lidar com gado, continue a leitura deste artigo!
O processo de cura de umbigo representa um cuidado inicial extremamente importante para a saúde das bezerras e pode ter impacto no desenvolvimento futuro. Dessa forma, podemos dizer que realizar a cura é a chave para a prevenção de doenças que podem acometer o animal.
O recém-nascido é mais vulnerável devido a sua dificuldade de manter a temperatura e por ter menos imunidade, se tornando dependente dos anticorpos advindos do colostro. Qualquer falha na transferência dos anticorpos da mãe para a cria apresenta riscos. Sendo assim, a cura de umbigo também é uma forma de prevenir a mortalidade.
Antes de mais nada, o pecuarista ou o criador deve conhecer a anatomia umbilical. O umbigo é composto por uma veia que se direciona ao fígado, por duas artérias que se distribuem pelo organismo e pelo úraco que estabelece ligação com a bexiga.
A partir desse conhecimento, realizar a cura de umbigo nada mais é do que imergir o coto umbilical até a sua base em uma substância antisséptica e desidratante. O produto mais indicado para a tarefa é o iodo, em concentração de 5% a 10%.
É indicado que o procedimento seja feito imergindo o cordão umbilical até a sua base na tintura de iodo durante aproximadamente 30 segundos. O produtor pode utilizar a tampa do matabicheira ou copos aplicadores para a aplicação, mas é importante dar preferência àqueles que restringem a aplicação a uma única vez.
A frequência mínima a ser adotada é de 2 vezes por dia, até o dia em que o umbigo seque e se desprenda do abdômen. Não há necessidade de cortar o umbigo, salvo em situações muito específicas.
Alguns pecuaristas preferem substituir a solução de iodo por um produto comercial cicatrizante, como a Ivermectin, para aliar prevenção das miíases à cura. Nesses casos a aplicação deve ser feita seguindo as instruções do rótulo ou a critério do médico veterinário.
A avaliação do umbigo das bezerras deve ser feita por meio de palpação manual cerca de 15 a 20 dias após o nascimento. Além de averiguar a eficiência do processo, o acompanhamento permite detectar possíveis alterações ou infecções.
Um umbigo saudável das bezerras deve ter o diâmetro de um dedo polegar até o segundo dia de vida e o diâmetro de um lápis na 2ª semana. Assim, a verificação pode ser feita deitando o animal de lado e apalpando o umbigo.
Não realizar a cura de umbigo em bezerros ou fazê-la erroneamente pode acarretar inúmeros prejuízos. As enfermidades umbilicais vão além da mortalidade dos bezerros. No quesito financeiro, o comprometimento no desenvolvimento do animal resulta em lotes refugo, além dos gastos referentes ao tratamento e ao atendimento veterinário.
Portanto, saber fazer a cura bem como outros procedimentos, até mesmo emergenciais, são quesitos fundamentais para pecuaristas e criadores. Aprenda a agir em situações emergenciais com bovinos e garanta a saúde do seu rebanho através dos conhecimentos que só o Curso de Primeiros Socorros em Bovinos pode te oferecer!
Fontes: Ouro Fino, Rehagro, Ja Saúde Animal, Portal DBO, Fundação Roge.