Diversos fatores podem interferir no desempenho dos animais, e, sem dúvidas, lesões nos cascos nos bovinos estão entre as principais. Além da forte dor e desconforto ao gado, as doenças no casco também possibilitam um maior risco de adquirir problemas relacionados ao metabolismo, diminuição da produção de leite e carne, diminuição da eficiência reprodutiva, etc.
Contudo, é essencial que pecuaristas, criadores e funcionários de fazendas saibam que a prevenção é a base para evitar que este mal. Quer saber como? Conheça as 5 dicas para prevenir lesões nos cascos dos animais a partir de agora!
Antes de mais nada é necessário compreender o que causa possíveis lesões nos cascos de gados. As doenças mais encontradas em bovinos são: laminite, panarício e dermatite interdigital, doença da linha branca, úlcera de sola, podridão de casco e erosão de talão. Em sua maioria, os fatores que podem desenvolver estes problemas são:
Má higienização;
Alimentação incorreta;
Tipo de piso e profundidade da cama;
Ambiente em geral, barro, pedras, buracos.
O casqueamento permite restaurar o ângulo correto da pinça para que o peso da vaca possa ser distribuído uniformemente entre as duas pinças do casco. Tem como objetivo corrigir o crescimento anormal do casco e identificar resíduos de lesões e/ou rachaduras ocorridas durante a lactação, por exemplo. O procedimento deve ser realizado preventivamente e de maneira estratégica.
Nas fêmeas o período mais indicado é ao final da lactação e início do período seco. Entretanto, ao menos duas vezes por ano, os cascos das vacas devem ser avaliados em uma mesa/rampa de casqueamento para determinar se é necessário aparar os cascos.
O médico veterinário é o profissional com a capacidade de realizar avaliação clínica juntamente com o pecuarista. É importante manter uma frequência nos atendimentos para que lesões como hemorragias de sola, erosão de talão, sola dupla, rachadura horizontal e vertical, sejam diagnosticadas logo no início.
Uma maneira de prevenir lesões nos cascos nos bovinos é através da utilização do pedilúvio. Eles são projetados para prevenir e não tratar, portanto é preciso também manter uma boa higiene aliada à implementação regular de práticas de desinfecção.
Deve ser avaliada a frequência de passagem dos animais pelo pedilúvio, o desinfetante utilizado e sua diluição, além da profundidade adequada. Além do rebanho leiteiro, vacas secas e novilhas também devem passar por pedilúvio.
Quando se trata de bovinos, a alimentação é um dos pontos chaves para o alcance de bons resultados. Devem ser fornecidas dietas corretamente balanceadas, respeitando as exigências de cada fase animal.
A nutrição tem grande influência, por exemplo, durante o período de transição, que compreende os 20 dias antes do parto e os dias de pós-parto imediato. A falta de uma dieta balanceada neste período é determinante quanto ao aparecimento de doenças de casco.
O manejo nutricional também deve auxiliar no monitoramento da ocorrência de doenças debilitantes, como cetose, metrite, mastite.
Por fim, pecuaristas e criadores devem manter uma rotina diária de observação do rebanho. Quando se trata de lesões nos cascos, a atenção deve ser ainda maior nos possíveis alertas. A postura ideal de um bovino é a coluna vertebral reta, sem se curvar, mantendo os membros apoiados no chão.
Um dos sinais que nos indicam que podem existir problemas nos cascos de vacas leiteiras é a claudicação, que é a mudança de postura desses animais ao se moverem, podendo ser associada à dor. Em alguns casos também pode ser observado a típica manqueira.
Boas práticas de manejo são imprescindíveis para evitar prejuízos em rebanhos. Lesões nos cascos estão sujeitas a uma taxa mais alta de descarte, diminuindo a lucratividade da fazenda. Para que esse problema não atinja seus animais é necessário saber prevenir e corrigir.
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Fontes: Blog Premix, Educapoint, Prodap, Educapoint 2