A agropecuária exerce grande importância no Brasil, sendo fundamental para o PIB e o desenvolvimento do país. Diante de tamanha competitividade, os pecuaristas precisam encontrar iniciativas que permitam um melhor aproveitamento da produção. Entre as estratégias, o manejo rotacionado de pastagens tem ganhado adeptos.
A técnica consiste em dividir um pasto em vários piquetes, trabalhando com um lote pastejando e cada piquete com uma alta lotação. Apesar das vantagens, o sistema ainda gera muitas dúvidas entre donos e funcionários de fazenda. Pensando nisso, produzimos este artigo para responder todas as suas perguntas sobre manejo rotacionado de pastagens.
O pastejo rotacionado, ou piqueteamento, é baseado na divisão da área de pastejo em piquetes, que são submetidos a períodos alternados de pastejo e descanso. Seu principal objetivo é fornecer alimento de forma constante, o ano todo, para os animais.
O método é utilizado para intensificação da produção e o tamanho dos lotes pode variar de acordo com o planejamento da propriedade. Independente do método, o importante para qualquer sistema de pastejo é o consumo de energia relacionado com a disponibilidade da forragem, sua digestibilidade e consumo, além da produção de matéria natural e/ou matéria seca da planta em questão.
No manejo rotacionado de pastagem essa preocupação é resolvida, uma vez que a pastagem é subdividida em um número variável de piquetes utilizados um após o outro, podendo ter um número fixo ou não de animais. Além disso, os piquetes são submetidos a períodos alternados de pastejo e descanso.
Por aumentar a produção por área e ter um seu custo de implementação relativamente baixo, o pastejo rotacionado apresenta excelentes resultados quando bem planejado.
O sistema de pastejo rotacionado pode ser implementado praticamente em todo o Brasil e em toda época do ano. No entanto, o pecuarista deve avaliar as características da região em relação ao índice pluviométrico, temperatura e espécie de forragem que se adequa às condições.
Vale ressaltar que os melhores resultados no sistema acontecem durante a estação chuvosa, já que as condições são mais favoráveis para que uma forrageira com alto potencial de crescimento se desenvolva.
Outro ponto importante é saber quantos piquetes a propriedade deve ter. Para isso, deve-se ter em mente que o número de piquetes depende do período de descanso e do período de ocupação indicado para a forrageira. Uma maneira de precisar assertivamente é por meio da equação: Número de piquetes = (período de descanso / período de ocupação) + 1.
O piqueteamento é utilizado tanto em gado de corte comercial quanto em gado de elite e em gado leiteiro. Entretanto, para a implantação deste sistema é indispensável levar em consideração o número de animais a serem manejados e o potencial de crescimento da forrageira.
A adoção do manejo rotacionado de pastagens, com alta lotação animal em menores áreas, contribui para a uniformização do pastejo, forragem mais bem aproveitada e ganhos em produtividade. Sendo assim, o método traz benefícios como maior controle, uniformidade e eficiência.
O sistema também colabora para uma melhor distribuição de excreções dos animais, melhorando a ciclagem dos nutrientes no solo, além de auxiliar no controle das plantas invasoras, já que o pasto possui melhores condições de desenvolvimento.
Com o pastejo rotacionado é mais fácil manejar os pastos dentro da altura desejada, possibilitando também o aumento da lotação em 20%. Para começar é necessário reduzir o número de lotes de pastejo da propriedade.
O proprietário precisa uniformizá-los, colocando um lote grande de animais nessas áreas. Acima de tudo, o sistema de piqueteamento visa fornecer comida para o animal. Portanto, esse alimento precisa ser de boa qualidade e na quantidade certa. Pode ainda ser necessário algum tipo de adubação.
Por isso, para alcançar os resultados esperados com este lucrativo sistema é necessário oferecer um manejo nutricional adequado. Quer aprender as técnicas mais modernas de alimentação para alcançar a máxima eficiência na sua propriedade? Clique aqui e conheça o Curso de Manejo Nutricional de Gado de Corte (Alimentos e Alimentação).
Fontes: Prodap, Nutrição e Saúde Animal,Educapoint, Rehagro, Fundação Roge.