Como medir a eficiência reprodutiva de um rebanho

A reprodução é uma função do organismo extremamente complexa e que depende de diversos fatores tais como nutrição, sanidade, conforto térmico, raças, nível de produção, entre outras. Em um rebanho, a eficiência reprodutiva é dada pela relação entre o número de bezerros desmamados por ano e o número de fêmeas em idade de reprodução.

 

Todavia, a eficiência de uma propriedade também depende de outros fatores extrínsecos, como a competência, a atenção da mão de obra e as condições da fazenda. A partir daí surgem alguns indicadores fundamentais que devem ser analisados pelo produtor.

 

Quer saber medir a eficiência reprodutiva do seu rebanho? Veja mais informações ao longo deste artigo!

 

Como saber se a propriedade está tendo sucesso?

 

A eficiência reprodutiva (ER) de um rebanho está relacionada à capacidade de emprenhar as vacas em tempo hábil. Antes de mais nada, para obter bons índices de prenhez por animal deve-se efetuar o correto manejo do animal. 

 

Se a ER é medida pelo número de bezerros desmamados por ano, em relação ao número de fêmeas em idade de reprodução, índices superiores a 70% podem ser considerados ideais. No entanto,  este número é variável, já que a média em criações extensivas é bem menor. 

 

Por isso, a maneira de saber se o seu rebanho está produzindo na máxima eficiência é através da análise de alguns indicadores de avaliação. 

 

Principais critérios para medir a eficiência reprodutiva

 

Uma reprodução ineficiente reduz a lucratividade e aumenta os gastos. Para evitar isso, pecuaristas e criadores devem se preocupar com a análise de dados do rebanho. Alguns parâmetros podem auxiliar a identificar problemas e melhorar o manejo reprodutivo, sendo os principais:

 

  • Taxa de prenhez;

  • Taxa de concepção;

  • Taxa de serviço;

  • Taxa de detecção de cio.

 

Taxa de prenhez

 

É o principal índice reprodutivo e seu acompanhamento é indispensável nas fazendas de leite para medir a ER. A taxa avalia a velocidade com a qual se consegue emprenhar as vacas dentro de um rebanho leiteiro. Quanto maior esse índice, maior a eficiência reprodutiva na fazenda.


 

O resultado consiste na multiplicação da Taxa de Serviço pela Taxa de Concepção, a cada 21 dias. 

 

Taxa de concepção

 

É chamado de taxa de concepção o critério reprodutivo que mede a eficiência de concepção, ou seja, a porcentagem de prenhez em relação ao total de vacas inseminadas na fazenda. A taxa indica a acurácia em identificar cios, inseminar corretamente e fertilizar as fêmeas. 

 

Pode ser calculado pela divisão entre o total de vacas prenhas e o total de vacas inseminadas. O valor encontrado deve ser multiplicado por 100.

 

Entretanto, a taxa de concepção depende de outros fatores como qualidade do sêmen, descongelamento do sêmen, capacidade técnica do inseminador e estado geral das vacas. 

 

Taxa de serviço

 

Representa a capacidade de se inseminar as vacas, dependendo assim, da ciclicidade das fêmeas e da eficiência da fazenda na observação dos cios. Para encontrar a TS, o cálculo utilizado é: Total de vacas inseminadas/ Total de vacas disponíveis a reprodução x 100. 

 

Taxa de detecção do cio

 

A taxa de detecção de cio (TDC) é calculada dividindo o número de vacas inseminadas no período de 21 dias pelo número de fêmeas disponíveis para serem inseminadas no mesmo período.

 

Dados importantes para a eficiência reprodutiva 

 

Alguns dados devem ser anotados para realizar o cálculo dos índices reprodutivos, são eles: Data do último parto de cada vaca, data dos partos anteriores das vacas com duas ou mais lactações, condição reprodutiva de cada vaca, número de coberturas por vaca, data da primeira cobertura pós-parto e das coberturas mais recentes.

 

Além disso, uma das formas de melhorar a eficiência de um rebanho é através do uso de biotécnicas. Para isso, se capacitar é uma boa alternativa. 

 

A técnica de inseminação artificial em bovinos é uma das mais empregadas no mundo para o avanço genético dos rebanhos e está em constante crescimento na pecuária brasileira, exigindo cada vez mais mão de obra capacitada. 

 

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Fontes: Milkpoint, Fundação Roge, Baía do conhecimento, Embrapa, Milkpoint 2

 

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