Bicudo-do-algodoeiro - o terror dos produtores de algodão

O Bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis) é um besouro da família dos curculionídeos, originário da América Central, de coloração cinzenta ou castanha e mandíbulas afiadas, utilizadas para perfurar o botão floral e a maçã dos algodoeiros; é a praga mais conhecida do algodão, sendo capaz de trazer grandes danos à produção, e perdas significativas ao produtor rural. O bicudo foi o responsável por abalar a cotonicultura nordestina, que já chegou a plantar mais de 2 milhões de hectares, e hoje, só tem em torno de 350 mil.

O manejo pode ser feito de três formas de controle: biológico, cultural e químico.Os pontos mais importantes são a escolha da cultivar; época de plantio; catação de botões florais; destruição da soqueira e rotação de culturas.

A pesquisadora da Embrapa Algodão, Cristina Schetino, explica que a adoção destes cinco procedimentos não é essencial para o combate da praga. "No entanto, adotando todos eles, o produtor terá maiores chances de se ver livre desta praga". Aumentar o espaçamento entre as linhas da cultura e entre as plantas é outra orientação da pesquisadora para auxiliar no combate ao bicudo-do-algodoeiro. "O espaçamento mais amplo permite maior penetração de radiação solar nas folhas, o que desfavorece o ataque da praga. O calor do sol também mata as larvas abrigadas nos botões caídos no solo", explica.

O controle biológico está sendo cada vez mais usado,e ja foi provado que é mais eficiente e seguro do que o químico. Das técnicas de manejo integrado temos:

- O uso de redes de Monitoramento - Armadilhas de  feromônio nas áreas de produção do algodão. O monitoramento será feito durante os 12 meses do ano.

- Destruição das soqueiras - Com data limite estabelecida, a fim de minimizar a taxa de reprodução do bicudo durante o período de entressafra.Em prazo inferior a 30 dias após a colheita, deverá ser efetuada a destruição de raízes, caules, botões florais, flores, maçãs, carimãs e capulhos não colhidos, através do arranquio e/ou coleta e posterior destruição dos restos culturais.

- Semeadura concentrada - Em período limitado e pré-determinado pelo plano de zoneamento climático desenvolvido pela Embrapa para cada região produtora. Visa uniformizar o período de produção de botões florais com vistas à redução das gerações da praga.

- Instalação dos Tubos Mata Bicudos -  Instalação de 1 TMB/ha no momento da destruição das soqueiras e no momento da semeadura ou do rebrote do algodão semi-perene, em toda área algodoeira com presença de bicudo.

- Catação de botões florais caídos ao solo, que visa a quebra o ciclo de desenvolvimento das larvas do bicudo presentes nos botões atacados e  caídos ao solo. A catação deverá ser feita no período crítico da praga (desde o aparecimento dos botões até o primeiro fruto aberto), uma a duas vezes por semana. Em áreas de até 15 hectares, a catação será feita na área total. Áreas maiores deverão ter as catações concentradas nas bordaduras.

- Aplicações complementares de inseticidas - Em áreas infestadas pelo Bicudo, serão feitas aplicações complementares de inseticida, se necessário, durante o ciclo de cultivo, mediante amostragens periódicas e após a verificação de nível de controle (10% de plantas com botões danificados pelo Bicudo do algodoeiro.

  Autor: Equipe CPT Cursos Presenciais  

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