Agricultura de precisão e o GPS

Com o desenvolvimento da agricultura, o mercado está cada vez mais competitivo, obrigando os produtores rurais a desenvolverem técnicas de produção cada vez mais avançadas para se sobressair no mercado, e uma delas, que está trazendo grandes lucros é a da Agricultura de Precisão, um modo de produzir com total controle das atividades desenvolvidas no campo. Seus principais objetivos são a diminuição de custos de produção, aumento da produtividade e diminuição do impacto ambiental. Pode ser usada para se obter a medida exata da área a ser plantada, dos pontos para se analisar o solo, plantar, adubar, etc. E um aparelho que virou sinônimo de agricultura de precisão é o GPS.

O GPS (Global Positioning System), um sistema que conta com 24 satélites, sendo três reservas. Estes satélites denominados NAVISTAR  estão distribuídos em 6 órbitas distintas, a uma altitude aproximada de 20 mil km. Com esta configuração, em qualquer ponto da superfície da Terra, há, no mínimo, quatro satélites acima da linha do horizonte 24 horas por dia. Foram projetados para fornecer o posicionamento instantâneo, bem como a velocidade de um ponto sobre a superfície da Terra, ou próximo a ela. Representa, atualmente, uma nova alternativa de posicionamento para a Cartografia e ciências afins, tendo o uso do GPS crescido, significativamente, em aplicações nas atividades agrícolas e florestais.

A Agricultura de Precisão  é uma tecnologia que utiliza, em conjunto, sinais de satélite e softwares para interpretação de dados geoprocessados, isto é, recolhe e reúne informações da área cultivada, sempre com a localização precisa. Sendo usada para diversos fins como determinar "qual, quando e onde" o insumo deve ser aplicado e "como" fazê-lo,  permitindo identificar locais específicos, com diferentes potenciais de produtividade, investimentos em insumos ou na correção de fatores limitantes à produção, visando à maximização da produtividade e minimização dos impactos ambientais. O principal conceito é aplicar no local correto, no momento adequado, as quantidades de insumos necessários à produção agrícola, para áreas cada vez menores e mais homogêneas, tanto quanto a tecnologia e os custos envolvidos permitirem.

As informações recebidas são processadas por programas de computador, que fazem os mapas com a quantidade produzida em cada trecho colhido.

A segunda etapa consiste em se processar esses dados (dos mapas de produtividade da colheita) para avaliar e quantificar a variabilidade medida, tentar relacionar a variabilidade da produção com a dos fatores de produção, propor estratégias de gerenciamento agrícola que levem em conta esse cenário de variabilidade, consolidados na forma de mapas de aplicação dos insumos.

Após as análises das amostras do solo coletado, das plantas daninhas, o agricultor terá mapas que traduzem a fertilidade da área, a ocupação das plantas daninhas e muitos outros mapas como, umidade, pH, estrutura e drenagem do solo, densidade de plantas e estágio de crescimento e área em metros quadrados, e não em hectares como vem sendo feito até agora.

Depois da análise e interpretação dos mapas de produtividade e fertilidade, além de outras informações, confeccionam-se os mapas para aplicação localizada dos insumos. Estes mapas indicam qual insumo, quantidade, e posição exata para aplicação. A grande vantagem é que ao invés de calcular, por uma média, o quanto a área a ser cultivada necessita de sementes, calcário, adubo, herbicida e inseticida, o agricultor vai poder aplicar apenas a quantidade necessária para cada diferente zona do terreno.

Serão utilizadas máquinas agrícolas com a capacidade de aplicar os insumos em taxa variável, ao longo do talhão, de forma automática, e levando em conta a sua posição no campo.

A cada novo ciclo, haverá mais informações sobre a lavoura, o que tornará as análises cada vez mais confiáveis, gerando um histórico da lavoura.

 

Fonte: CPT Cursos Presenciais    

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