Fazenda vira modelo após implantar Integração Lavoura - Pecuária

A fazenda Santa Brígida virou modelo após implantação da técnica Integração Lavoura - Pecuária e é visitada por vário agricultores e pecuaristas de todo o país.

A dentista Marize Costa é a proprietária da fazenda Santa Brígida, que fica em uma cidadezinha em Goiás. Marize assumiu o posto de fazendeira quando ficou viúva, mas logo pensou em vender a propriedade por falta de recursos para recuperar as pastagens degradadas.

A solução encontrada por Marize foi recuperar os pastos usando a técnica da integração lavoura-pecuária (ILP). O trabalho está completando cinco anos e mudou completamente o cenário da fazenda.

Em 600 hectares, a produção é de 35 mil sacas de milho, 20 mil de soja e formando pasto para engordar 550 bois. No primeiro ano, a lavoura pagou o investimento da recuperação da pastagem.

Segundo o engenheiro agrônomo João Cuthcouski, da Embrapa, a resposta foi tão rápida porque o grão apresenta uma liquidez quase imediata em cerca de quatro meses.  "Porque, se ela faz pelos métodos tradicionais, a formação do pasto é muito cara, que exige insumos, sementes. Para pagar esses investimentos com a arroba de boi, via de regra, não é fácil, e, muitas vezes, é impossível.

Apesar de idéia parecer simples, no começo, o pessoal da região estranhou. Até hoje, Marize lembra os comentários por ela estar fazendo o processo ao contrário dos outros agricultores da região.

Hoje, a Santa Brígida virou uma vitrine visitada por pecuaristas e agricultores do país inteiro. Nos períodos do ano em que já não existem mais pastos na região, o gado da fazenda conta com o capim verdinho, recém-formado nas entrelinhas da lavoura. Com isso o curso de produção do gado é mais baixo. Consegue-se economizar entre R$ 5 e R$ 6, por cabeça por dia.

Outra vantagem da ILP é o enriquecimento do solo com matéria orgânica

Para o pessoal da fazenda Santa Brígida, que usa a integração lavoura-pecuária há cinco anos, os benefícios do sistema são ainda mais evidentes, como diz o engenheiro agrônomo Roberto Freitas, encarregado da parte agrícola. "Esse sistema, além de aumentar a sustentabilidade, reduz custos com defensivos, porque a gente vai ter menos doenças dentro dessas áreas, o custo com fertilizantes, porque a braquiária faz uma recilagem de fertilizantes, aumenta os teores de matéria orgânica, o que aumenta sua eficiência, e no controle de plantas daninhas, porque a braquiária elimina a presença das plantas daninhas tradicionais. A gente passa a ter uma manejo muito mais econômico, facilitando o cultivo de variedades tradicionais de soja, que hoje tem diferencial de preço no mercado".

O engenheiro agrônomo João Cuthcouski também lembra que, nos últimos anos, essa tecnologia ganhou mais um reforço: ajuda manter o equilíbrio do planeta.

Assista o vídeo do programa na íntegra.

 

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Fonte: G1 Adaptação: Revista Agropecuária  

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