O projeto de Lei 1764/11, foi levado à câmara pelo deputado Zé Silva (PDT-MG), com o objetivo de criar cotas nas universidades públicas para os cursos de Ciências Agrárias, em todo Brasil, visando atender a todos os estudantes que cursaram o ensino médio nas escolas rurais. Alunos das Escolas Famílias Agrícolas (EFA), que possuem ensino de técnicas agrárias, também seriam beneficiados pela medida.
Segundo a proposta, o percentual de vagas reservadas deverá ser igual ao de estudantes de escolas rurais, no estado em que a universidade está localizada.
O autor afirma que o desenvolvimento da agricultura familiar, o fortalecimento da economia rural e a fixação da população no campo dependem de oportunidades de acesso à universidade. "É preciso estimular e assegurar o acesso dos estudantes do campo à educação superior de qualidade", diz Silva.
Fica no ar um questionamento, em forma de protesto...seria mesmo necessário, já que vivemos num país predominantemente agrícola, criar cotas para os filhos de nossos produtores familiares? Seria a forma de mostrar o atraso em que o Brasil ainda se encontra, o estereótipo das pessoas que vivem no campo... seriam elas mais atrasadas do que as da cidade? Por que não um projeto onde se invista mais na educação, priorizando as comunidades rurais, criando mais escolas, contratando bons professores? Aí, sim, seria dispensável a criação de cotas.
Fonte: Folha Adaptação: Revista Agropecuária