Alta taxa de industrialização do leite indica queda da informalidade da atividade no país

Com um índice anual de 5,5% ao ano, o desempenho da taxa de industrialização do leite do Brasil é superior ao dos principais concorrentes, demonstrando que a informalidade na produção leiteira diminuiu nos últimos anos no país, sendo atualmente 30%, ante 39% em 2000 e até 50% "no passado recente", de acordo com Jorge Rubez, presidente da Leite Brasil.

O índice da taxa de industrialização foi registrado no período de 2007 a 2011, demonstrando o ritmo de avanço da industrialização brasileira que supera os maiores produtores mundiais: EUA (1,5%), Índia (5,1%), Rússia (1,3%), China (0,9%), Alemanha (1,8%), França (1,6%) e Nova Zelândia (3,4%).

As conclusões desses dados foram geradas por levantamento feito pela Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Leite Brasil) com base no volume de leite entregue para os laticínios nos últimos cinco anos nos países citados.

Segundo Rubez, o país que ficou mais próximo do Brasil na produção foi a Índia, com crescimento médio anual de 5,1%. Enquanto a Índia industrializa apenas 12% do total da produção de leite, o Brasil aproxima-se dos 70%,, tornando a avaliação favorável a este último.

O avanço da industrialização foi crescendo no sentido do faturamento da indústria leiteira, que atingiu R$ 38 bilhões em 2011, 15% a mais que em 2010. Para Rubez, esse progresso impacta positivamente na qualidade do leite e beneficia não só o produtor, mas também o consumidor final.  De acordo com ele, o país está oferecendo um produto melhor, mais seguro para o consumo e com os padrões aproximados aos utilizados pelos países desenvolvidos.

O avanço no crescimento da industrialização no Brasil é atribuído ao nível de investimento em laticínios feitos. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), em 2011, o valor do investimento destinado às indústrias de leite girou em torno de R$ 1,8 bilhão, representando 11% no total investido na indústria da alimentação.

Para Rubez, mudança é decorrente de uma maior preocupação do consumidor, atualmente mais informado, com a origem do leite e de seus derivados. Além disso, outro fator de estímulo à formalidade é o aumento do consumo de lácteos no país, o que atribuído ao maior poder de compra do brasileiro.

Além disso, vendo que as indústrias estão pagando melhores preços pelo leite, o produtor aproveitou o período de demanda firme para se aproximar delas.

Segundo Rubez, é para comemorar, mas o Brasil em comparação aos países desenvolvidos, que têm altos índices de industrialização, ainda fica no prejuízo, pois nos EUA e na Nova Zelândia, o mercado formal representa quase 100% da produção leiteira.

 

Fonte: DBO

Adaptação: Revista Agropecuária

 

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