A Equipe 2 do Rally da Pecuária,organizado pelas consultorias Bigma e Agroconsult, percorrerá cerca de 40mil quilômetros em nove estados brasileiros, que concentram hoje 75% do rebanho e 85% da produção de carne bovina do país. A edição desse ano conta também com encontros de produtores. Na sexta-feira (31), a Equipe 2 do Rally da Pecuária percorreu o trecho de Querência até Água Boa, no Mato Grosso, totalizando cerca de 225 quilômetros.
Os pecuaristas do norte de Mato Grosso estão investindo cada vez mais na integração com a lavoura. As culturas predominantes na região são o milho e a soja, conforme constatou a Equipe 2 do Rally da Pecuária, com participação da Agência Estado.
André Cavalcanti Velasco, gerente da fazenda Piraguassu, do Grupo Itaquerê, localizada no município de Porto Alegre do Norte que faz a cria, recria e engorda de bois, possui uma área total de 36 mil hectares, lá a pecuária ocupa somente um pouco mais de 5 mil hectares - com um rebanho de 15 mil cabeças de gado próprio e de arrendamentos - e a integração lavoura-pecuária, onde se planta soja e milho, corresponde a 4 mil hectares. Para o gerente a vantagem de se fazer a integração entre lavoura e pecuária e que "na seca o nosso boi continua engordando", outro benefício da técnica ocorre nos confinamentos com os grãos que servem para preparar dietas balanceadas e de melhor custo. Segundo ele, a área da pecuária e da lavoura na integração varia conforme o comportamento do mercado para os produtos. Hoje, por exemplo, na região, a saca do milho é vendida a partir de R$ 30 e a da soja, por volta de R$ 75. Já a arroba do boi tem sido negociada na praça por entre R$ 82 a R$ 85 à vista. A fazenda tem uma capacidade estática de confinar 4 mil animais. No ano passado, a oferta dos animais engordados nesse sistema intensivo foi de 2 mil cabeças. Neste ano, mesmo com a alta dos grãos, a produção será de 6 mil cabeças e, no ano que vem, pode alcançar 10 mil cabeças. O estabelecimento, conforme Velasco vende a quase totalidade de seus animais para o Grupo JBS e agora que firmar parceria com o frigorífico Plena, de Tocantins.
Não existe um consenso, entre os agentes do mercado da região, sobre qual o melhor caminho para aplicar a integração lavoura-pecuária, uma vez que, questões comerciais da pecuária são diferentes da agricultura. Os agentes apontam que apesar do grande esforço dos produtores da região em adotar tecnologias na produção e em manejo e recuperação de pastagens, além da regularização da documentação e georreferenciamento, a questão ambiental é o principal empecilho, para a integração. E os pequenos e médios pecuaristas, podem ser forçados a desistirem da atividade.
Fonte: Sou Agro Adaptação: Revista Agropecuária
Veja outras publicações da Revista Agropecuária: Manejo de pastagem bem feito, melhora a produção pecuária Importação Argentina de produtos lácteos preocupa produtores brasileiros de leite Encontro Minas Leite - SUPERAGRO 2012
Digite seu e-mail: