A agricultura coletivista é organizada segundo as necessidades sociais do país onde é praticada, não se volta para o mercado externo, a procura de lucros. Foi na agricultura francesa do antigo regime que surgiu o pensamento de se produzir por meio da coletividade, ainda em nível arcaico, implementada pela comuna rural, em que as regras sobre determinado espaço de produção eram determinadas sob acordo comum de um conjunto de pessoas responsáveis pelo trabalho agrícola, incluindo a cultura, o pastoreio e os períodos de colheita.
No Antigo Regime a agricultura era regida por uma mentalidade comunitária, longe da visão individualista surgida depois da queda do Antigo Regime e com grande força a partir da Revolução Francesa e Industrial.
Atualmente a agricultura coletiva pode ser apreendida a partir do trabalho de cooperativas em que proprietários e trabalhadores de diferentes terras se unem para aumentar o nível de produção e representatividade comercial junto aos grandes atacadistas e distribuidores de produtos agrícolas. Porém, nesse caso, a união visa o objetivo comercial, independente se o alimento produzido atenderá o mercado local, nacional ou externo.
A produção familiar que considera fatores como assentamento das famílias rurais, infraestrutura, estudo de mercado, gestão social e ambiental das propriedades familiares pode ser entendida também como agricultura coletiva.
Em um mercado globalizado como o que vivemos é difícil identificar qual propriedade ou projeto visa atender somente o mercado interno, pois, o produtor rural depois que consegue vender a sua colheita, a mesma pode ser revendida para atender o mercado interno e externo.
Fonte: Info Escola
Autor: Fernando Rebouças
Adaptação: Revista Agropecuária
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