Os animais passam boa parte do dia em lugares como currais e estábulos. Com isso, é grande o acúmulo de fezes e urina, um grande problema caso o pecuarista não saiba manejar corretamente os dejetos.
Nesse sentido, realizar corretamente a higienização das instalações bovinas é sinônimo de prevenir problemas futuros, principalmente os relacionados às verminoses. Isso, porque trata-se de um ambiente ideal para o desenvolvimento de vermes e bactérias que provocam diversas enfermidades.
Por isso, a rotina da fazenda deve incluir a limpeza e desinfecção periódica das instalações. Fatores como o número de animais, condições do ambiente em que estão inseridos e o tipo de instalação vão influenciar diretamente na frequência de limpeza. Além disso, deve estar inclusa a preocupação com o meio ambiente e com a saúde humana.
Ao longo deste artigo você aprenderá como manter as instalações protegidas e as possíveis destinações dos dejetos. Acompanhe com a gente até o final e boa leitura!
Realizar corretamente a higienização das instalações bovinas é requisito básico para a produção de carne e leite de alto padrão. Acontece que, muitos produtores desconhecem as técnicas que envolvem o conceito de higiene e acabam negligenciando diversos cuidados essenciais.
A higiene envolve dois processos básicos bem definidos, a limpeza e a desinfecção. A primeira é realizada de duas formas, a seca, que consiste em executar varreduras no ambiente. Já a úmida, é feita por meio de jatos de água com auxílio de detergentes. O objetivo é fazer a retirada de matéria orgânica que ficou acumulada no ambiente.O tipo de produto usado vai depender do tipo de resíduo e da superfície em questão.
Em seguida é feita a desinfecção, onde são aplicadas soluções para desinfetar as superfícies. Assim, será possível eliminar grande parte dos microrganismos patogênicos de modo que não representem riscos para a saúde humana e animal.
Não é novidade que a alimentação influencia diretamente em vários aspectos relacionados ao desempenho do gado de corte e de leite. Por isso, a água e os alimentos precisam ser fornecidos em condições adequadas, e para isso, os cochos e bebedouros devem estar sempre limpos e higienizados.
A limpeza deve seguir alguns passos. Após esvaziar o bebedouro é importante esfregar bem o local, fazendo a retirada de toda a camada de limo e lodo. Caso apenas água não seja suficiente, a água sanitária pode ser usada como um complemento. Porém, é muito importante enxaguar a superfície em abundância e certificar-se que não tenha ficado resíduos do produto. Afinal, a água fornecida para os animais precisa estar isenta de gostos e odores, com o mesmo padrão da que é fornecida para os seres humanos.
O processo de limpeza é rápido e logo após o término o bebedouro já pode ser abastecido normalmente. A frequência de limpeza é proporcional ao número de animais que fazem uso das instalações.
Com relação aos cochos, é importante evitar que fiquem sobras de alimentos ao final do dia. Elas sempre acabam atraindo moscas que transmitem doenças e trazem riscos para a saúde dos animais e das pessoas envolvidas na lida diária. As superfícies ao redor do cocho também precisam ser vistas. Uma dica é concretar os pisos, caso seja possível pois evita que os animais contraiam problemas nos cascos por conta do contato frequente com superfícies úmidas e com resíduos de fezes.
Muitos pecuaristas enfrentam um dilema na hora de encontrar destinação final para os dejetos do rebanho. O que é considerado um desafio para alguns, pode se tornar uma solução para outros. Se tratado de forma adequada, o esterco se torna um excelente adubo para as plantas, pois:
Traz benefícios para as propriedades físicas do solo;
Aumenta a capacidade de retenção de ar e umidade;
Favorece a atividade microbiana.
Outra alternativa que vem sendo muito adotada é a destinação dos dejetos para produção de bioenergia. Para ser autossuficiente na geração de energia é necessário ter um número mínimo de animais. Cada animal produz uma média de 25 quilos de fezes diariamente, com esse volume é possível produzir um metro cúbico de gás.
Para se tornar um projeto viável o biodigestor precisa ser abastecido durante todo o ano. Diferente da energia solar e eólica, o gás produzido nos biodigestores pode ser armazenados e usados conforme a necessidade da propriedade.
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