Iguaria dos Andes, amaranto ganha espaço no Cerrado

O amaranto é uma planta que veio do clima frio dos Andes para o Planalto Central. Após pesquisas feitas pela Embrapa Cerrado e adaptações das sementes ao clima e ao solo, o resultado foi uma nova variedade da planta, chamada BRS Alegria. O grão vem ganhando o mercado da alimentação saudável, o motivo é seu alto valor nutricional e o fato de não conter glúten.

A produção do grão no Brasil ainda é tímida, e precisa crescer muito para atender a demanda dos consumidores ávidos por uma alimentação saudável e que não se importam de pagar mais caro por ela. A demanda no país é estimada entre 15 a 20 toneladas por ano, enquanto que a produção gira em torno de 8 toneladas anuais. Segundo Walter Quadros Ribeiro Junior, da Embrapa, apesar da produção nacional ser pequena, a produtividade do amaranto no Cerrado supera a de países que o produzem em larga escala, como Peru e Bolívia. "A produtividade de nosso grão é de três toneladas por hectare, enquanto a média alcançada nesses países é de duas a 2,5 toneladas por hectare", afirma o pesquisador. Ribeiro explica que o cultivo do amaranto pode ser feito em três épocas, safra, safrinha e inverno, e a produtividade depende da quantidade de água disponível para irrigação e dos índices pluviais do período. "Os melhores índices foram registrados na safra de inverno", afirma. Mas o uso de tecnologias possibilita o cultivo o ano todo. Irrigação e correção do solo garantem produção equilibrada.

Os produtores dizem que a há uma grande necessidade de investimento em tecnologia e equipamentos não só para manter um equilíbrio no volume da produção, mas devido ao grande desperdício na colheita e no plantio, já que o grão é muito pequeno.

O grão pode ser ingerido de várias maneiras. Se triturado pode ser usado como farinha e se usado inteiro pode ser feito como pipoca. É um alimento com qualidades equilibradas, baixo teor glicêmico e aminoácidos essenciais. As sementes são 15% mais ricas em cálcio, fósforo, zinco e proteínas e possuem quantidades de lisina e metionina superiores ao feijão. Além disso, foi comprovado que o grão possui  teores do antioxidante esqualeno superiores aos dos peixes. Em termo de equivalência, 100g do grão equivale a 4 fatias de pão integral ou 8 barrinha de cereal comum.  A farinha do grão pode ainda ser usada para produção de pães, bolos e biscoitos para pessoas com intolerância a glúten.

O amaranto também tem sido usado como complemento na alimentação do gado, tendo boa aceitação e ótima digestibilidade.

  Fonte: Site Globo Rural Adaptação: Revista Agropecuária  

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