Confirmam-se as expectativas da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), em relação ao faturamento, em torno de 5 bilhões de dólares, com as vendas externas, no período de janeiro a setembro deste ano.
Entretanto, o volume total exportado deverá cair 15%, no mesmo período, em comparação com o que foi arrecadado em 2010, cerca de 4 bilhões de dólares.
Já o volume embarcado de carne in natura e industrializada, de janeiro a setembro deste ano, totalizou 689,5 mil toneladas, ficando 21% abaixo de igual período no ano passado. Em quantidade, o país deverá fechar o ano vendendo 15% menos do que em 2010, quando 1,3 milhão de toneladas saiu dos portos brasileiros.
Segundo Camardeli, a queda de 21% no volume embarcado se deve às restrições em alguns mercados relevantes, como o russo. "Além disso, houve aumento de custos e crises sociais sérias nos países árabes", diz.
"Os resultados financeiros são mais importantes. Menos carne exportada com receita em alta significa que vendemos um produto de melhor qualidade e que está sendo valorizado pelo mercado", explica o executivo. Segundo ele, a Rússia, que impõe sérias restrições à carne nacional, continua sendo o maior importador. O país adquiriu 20,2 mil toneladas em setembro deste ano, ante 12,1 mil toneladas no mês imediatamente anterior, e 24,1 mil toneladas em setembro de 2010.
Camardeli chefia um grupo de profissionais da Abiec que segue hoje para a Alemanha, onde participa da feira internacional de Anuga, na cidade de Colônia, que começa no próximo dia 8.
"Vamos mostrar a qualidade e a sustentabilidade da carne brasileira" afirma o executivo. Eles levam na bagagem um vídeo de sete minutos, realizado com produtores e frigoríficos de três biomas diferentes - Amazônia, Pantanal e Pampas gaúchos. "Queremos mostrar que o Brasil das indústrias frigoríficas não é o Brasil do desmatamento, mas sim da pecuária de ponta."
Fonte: Globo Rural Adaptação: Revista Agropecuária
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