A zona da mata mineira enfrenta vários problemas sociais e ambientais devido, principalmente, ao tipo de agricultura praticada na região. Planta-se, basicamente, café, que, ao longo dos anos, por ter-se tornado uma monocultura, denegriu bastante o solo, fazendo com que ele ficasse muito pobre. Além disso, devido ao grande uso de defensivos agrícolas, aumentaram, significativamente, as pragas, doenças e plantas daninhas.
Por esse motivo, o sindicato dos Trabalhadores rurais (STR), o Centro de tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA/ZM) e a Universidade Federal de Viçosa (UFV) deram início a um trabalho, com essas famílias, desde 1993, com o objetivo de que elas se conscientizem da necessidade de implantar, em suas propriedades, os SAFs ( Sistemas Agroflorestais) para melhorar o solo, aumentando a produtividade dos cafezais, trazendo maior renda para as famílias.
Os sistemas agroflorestais (SAFs) são formas de uso da terra em que há um consórcio de espécies arbóreas, cultivos agrícolas e/ou criação de animais, numa mesma área, de maneira simultânea ou ao longo do tempo, trazendo equilíbrio e organização, usando de espécies arbóreas, arbustivas e rasteiras, todas em um único espaço e em equilíbrio, umas com as outras.
Neste sistema, o produtor poderá consorciar o plantio de café com fruteiras e árvores de diversas espécies, e até com animais, transformando seu sistema de cultivo, antes, específico, em sistema integrado, agregando maior valor à renda familiar.
As principais vantagens deste sistema é a conservação do solo, evitando-se, até, uma completa erosão, com maior aproveitamento da área, pouco ou quase nenhum uso de defensivos agrícolas, e bem-estar para as famílias que produzirão seu próprio alimento.
Para maiores informações sobre os SAFs, entrar em contato com o CTA, Centro de tecnologias Alternativas da Zona da Mata, pelo email cta@ctazm.org.br.
Equipe CPT Cursos Presenciais
Adaptação: Revista Agropecuária
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