Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), a produção de ração deve crescer de 2,8% em 2012, em comparação ao ano anterior, com produção de 66,2 milhões de toneladas de ração e 2,58 milhões de toneladas de suplementos minerais. No ano passado, o setor cresceu 5,2% e movimentou R$ 40 bilhões em insumos, resultando numa produção de 64,5 milhões de toneladas de ração e 2,35 milhões de suplementos minerais.
De acordo Ariovaldo Zani, vice-presidente executivo do Sindirações, "o modesto aumento previsto para 2012 tem como principal fator a demanda contida da cadeia suinícola e moderada da avicultura industrial, atividades que têm sofrido com o custo elevado dos principais insumos da alimentação animal, baixos preços pagos aos produtores e desaceleração do ritmo exportador".
Apenas nos três primeiros meses deste ano, a produção de rações já alcançou 14,9 milhões de toneladas, recuo de 2% quando comparado ao que foi produzido de janeiro a março do ano passado. Os segmentos de avicultura de corte e suinocultura, que representam mais de 70% de toda demanda, recuaram respectivamente 1,1% e 6,1%. As atividades da pecuária de corte e leiteira, por sua vez, apresentaram ligeiro avanço de 1,2% e 1,1%, enquanto a postura de ovos manteve-se praticamente estável (avanço de 0,4%).
O Sindirações aponta que a cadeia de produção pecuária brasileira tem percorrido sucessivos ciclos de expansão, graças à constante mobilização de tecnologia e motivada "pelo voraz apetite global" por proteína animal. Atualmente representa 6,5% do PIB brasileiro, gera milhares de empregos e é responsável por 18% das exportações do agronegócio nacional. Zani também informa que "o farelo de soja, por sua vez, já aumentou quase 40% até abril desse ano por conta da menor liquidez internacional".
A avicultura de corte representou 50% da demanda de rações em 2011 e deve consumir 33,2 milhões de toneladas em 2012, ou seja, um crescimento de 3,1%. A produção de ração para a indústria de postura comercial cresceu 2,6% e alcançou 5,1 milhões de toneladas em 2011, em resposta ao alojamento médio de 79,7 milhões de pintainhas de postura e incremento de mais de 9% no consumo per capita de ovos que alcançou 162,5 por habitante.
O setor de alimentação animal para bovinos de corte produziu 2,7 milhões de toneladas de rações e 2,35 milhões de toneladas de suplementos minerais, incremento de 7,1% e 9,8%, respectivamente em 2011, período que confinou 2,8 milhões de cabeças e foi caracterizado pela modesta oferta de bois compensada pelo abate de mais fêmeas.
Em 2012 o setor de alimentação animal espera produzir 2,9 milhões de toneladas de rações e mais 2,6 milhões de toneladas de suplementos minerais, adição de 5,6% e 9,8% respectivamente, por conta do aumento da taxa de confinamento estimada no mínimo em 5%, embora o desempenho seja dependente também do mercado de reposição e venda do boi e bezerro, possível reversão na retenção de fêmeas, oportunidades de exportação da carne bovina, etc.
Além disso, o setor de alimentação animal prevê ainda incremento na ordem de 2,7% e produção de 5,2 milhões de toneladas de ração, diante do estímulo à produção de leite, redução dos preços pagos ao produtor e continuidade na importação de lácteos.
Seguindo a tendência de estabilidade, a indústria de alimentação animal produziu 15,4 milhões de toneladas de ração em 2011 e projeta entregar a mesma quantidade em 2012, embora a intensificação dos embarques para a China e a abertura dos mercados do Japão e Coréia do Sul possa imprimir maior ritmo à produção de carne suína, conforme sustenta o Sindirações.
Fonte: Setor Avícola
Adaptação: Revista Agropecuária
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