Na escolha do local para o plantio do grão, devem ser evitados terrenos sujeitos a ação dos ventos frios, porque são prejudiciais ao cafeeiro; locais que tenha tido cafezais há menos de 5 anos, porque essa condição poderá favorecer o aparecimento de pragas e moléstias no novo cafezal principalmente os nematóides; baixadas úmidas; áreas geográficas com terrenos muito dificultosos, solos rasos, pedregosos ou muito cheios de erosão.
Quanto ao sistema de plantio, para a maioria das regiões cafeeiras de São Paulo, o mais recomendado de modo geral é o de livre crescimento, no qual o espaço básico indicado é o de 4 x 2,5m, para as variedades Mundo Novo e Bourbon Amarelo, podendo-se realizar pequenas alterações na distancia para mais ou menos em função de condições locais e dos tratos a serem dispensados ao cafezal. O número de mudas por cova deverá ser de 2 a 3, sempre dispostas no sentido das linhas e mantendo entre si uma distancia de 20 a 25 cm.
Esse sistema proporciona uma maior produção por áreas especialmente nos primeiros anos, além de favorecer a operação da colheita quando ela é feita através do escorregamento firme das mãos pelos galhos ou em cereja. No entanto, por ser um sistema mais intensivo é indispensável uma assistência mais efetiva do técnico.
Quanto às variedades de café, o Mundo Novo apresenta como características a rusticidade, o vigor e elevado potencial de produção. Os seus frutos são de tamanho médio ou graúdo. O Bourbon Vermelho apresenta pouco interesse para a formação de novas lavouras. O seu porte e a sua capacidade produtiva são menores que no Mundo Novo. O Bourbon Amarelo apresenta frutos amarelos, porte, vigor e produção superior ao Bourbon Vermelho. A sua maturação é mais precoce que a do café Mundo Novo, o que em regiões mais frias é vantojoso, porque possibilita o início da colheita mais cedo.
Quanto ao local do viveiro para a formação das mudas, esse deve: apresentar boa topografia que facilite as inspeções e a saída de mudas e a irrigação, não possuir umidade excessiva e estar fora da região de influência das enxurradas e trânsito que provenham de lavouras já instaladas.
A irrigação das mudas deve ser feita evitando o encharcamento e ou a falta d'água nelas. O controle da moléstia chamada tombamento das mudas pode ser feito preventivamente, pulverizando-se um fungicida adequado.
Considerando que os prejuízos causados pela má conservação do solo afetam diretamente o cafeicultor, podendo comprometer irremediavelmente o sucesso de seu empreendimento, a primeira providência na instalação de um cafezal seria a de localizá-lo em terrenos capazes de suportá-lo com segurança, mediante o emprego de práticas conservacionistas simples e relativamente pouco dispendiosas.
O preparo do terreno, para o plantio de café, dependerá do uso anterior do solo. Assim, se o solo tiver sido cultivado com culturas anualmente, bastará uma aração e gradagem. Em locais de pastagem ou em solos compactos, para se descompactar o solo poderá ser necessário mais de uma aração e gradagem ou até uma subsolação. Em terreno de derrubadas, de mata natural ou floresta artificial, é dispensável a aração, bastando uma limpeza e coveamento.
Antes de iniciar o preparo, é aconselhável providenciar a análise do solo, para que as adubações sejam feitas mais correta e economicamente.
Quanto ao preparo das covas, normalmente a abertura das covas para o plantio é feita com o auxílio de enxadões. Pode-se, entretanto, sulcar o terreno no espaçamento desejado com um sulcador do tipo usado para o plantio de cana. Esses sulcos, assim abertos, são de espaço em espaço, aprofundados e "acertados" com enxadões, transformando-se em covas. O plantio deverá ser efetuado durante os meses de chuva, com o solo úmido. Deve-se dar preferência para o plantio nos dias encobertos ou com chuviscos leves.
Mesmo antes e depois do plantio, a adubação deve ser baseada na análise do solo e no estado geral da lavoura. Assim é necessária a presença do técnico, que com base nesses elementos poderá indicar a adubação mais adequada para cada caso especifico.
Fonte: Agromundo Adaptação: Revista Agropecuária
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